O Tempo e o Branco

O tempo e o branco: o poema-canção como um antídoto num mundo que caminha entre desertos.

Consuelo de Paula
Lançamento 2014
Este é seu sexto registro fonográfico, mas pode ser considerado outro momento de uma única obra, uma obra que conversa entre si e com o mundo.
O Meu Lugar
Vídeo: Alessandra Fratus.
Imagens de Consuelo gravadas em Minas Gerais, entre as árvores plantadas por seu pai, Luiz Gonzaga de Paula.
Timbre
Consuelo de Paula
Acordeom: Toninho Ferragutti. Viola: Neymar Dias.
Teaser
Vídeo: Alessandra Fratus.
Teaser do CD "O Tempo E O Branco".
À Flor do Arco-Íris
Rubens Nogueira e Consuelo de Paula
Acordeom: Toninho Ferragutti. Viola: Neymar Dias.
Teaser 2
Vídeo: Alessandra Fratus.
Teaser 2 do CD "O Tempo E O Branco".
Consuelo de Paula
por Alessandra Fratus
Foto do CD "O Tempo e o Branco".
Consuelo de Paula
por Alessandra Fratus
Foto do CD "O Tempo e o Branco".
Consuelo de Paula
por Alessandra Fratus.
Foto da contra-capa do CD "O Tempo e o Branco".
Ficha Técnica
Encarte do CD
Agradecimentos e ficha técnica do CD "O Tempo e o Branco".
Consuelo de Paula
por Fátima Cabral
Foto da contra-capa do encarte do CD "O Tempo e o Branco".
Revoada
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
À Flor do Arco-Íris
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
O Meu Lugar
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Entre Desertos
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Entre o céu e a terra
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Timbre
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Arte
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Outro Lugar
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Luzia
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Cecília e Dálias
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Sincera
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Testamento
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".
Asa Ritmada
Encarte CD
Letra do CD "O Tempo e o Branco".

RELEASE


O Tempo E O Branco: uma dança rara no colo da poesia.


Em novo CD Consuelo de Paula visita o universo poético de Cecília Meireles.

Como quem cria um pássaro inquieto, Consuelo sabe que as canções têm destino de mundo, têm sina de rio, de vento, de coisas que não param, que saem de casa para abraçar outras fronteiras e gerar novas sinfonias.

Com seu novo trabalho, O Tempo E O Branco, Consuelo de Paula conclui mais uma fase de sua obra autoral. Este é seu sexto registro fonográfico, mas pode ser considerado outro momento de uma única obra, uma obra que conversa entre si e com o mundo. Aqui a poesia se revela ainda mais generosa e ousada, inaugura outros ares, propõe um novo baile.

Provocada pelo universo poético de Cecília Meireles – que aqui entra como inspiração livre – Consuelo constrói canções que mais uma vez surpreendem o ouvinte pela leveza quase insondável de seu lirismo; coloca sua sensibilidade própria, livre, a serviço da arte, o que acaba por lhe exigir rigoroso apuro interno para descobrir as palavras certas no momento de articular sentimentos, ritmos, tons, o claro e o escuro, a ave e o vento, a pedra e o rio, o espaço e o tempo. Cecília e Consuelo, duas experiências distintas, e em cada uma delas se detecta a mesma obsessão: a de escavar o verso e, com ele, incitar o vício sadio e necessário da emoção.

O CD O Tempo E O Branco traz treze letras, duas melodias de Consuelo e onze melodias de Rubens Nogueira (1959-2012) e encerra a rica parceria entre esses dois artistas, parceria essa que marca a música contemporânea brasileira.

O equilíbrio perfeito desse CD chega com a escolha dos instrumentos: acordeom e viola.

Versos cheios de asas encontram pouso nas teclas pretas e brancas do acordeom; melodias que parecem rios encontram terra no som da viola; a voz precisa, plena e inexplicável de Consuelo passeia pelos arranjos com as belas harmonias assinadas por Toninho Ferragutti e Neymar Dias. O resultado é uma obra impecável. Os ritmos parecem soar de um baile iniciado no centro do Brasil rumo às fronteiras, passando por terras, serras, cordilheiras, rios, atravessando mares, fazendo árvores e tecendo um bordado que é único, iniciado em Samba, Seresta e Baião, seguido por Tambor e Flor, Dança das Rosas, Casa e Negra.

Em O Tempo E O Branco seu estilo e sua forma de expressão são mais uma vez reveladores da sua exigência e despojamento humanos: deixarei poesia pra antonio e maria/ testamento de artista escrito com sonhos/ deixarei passagens pra becos e lagos [...] e vou morrer de cantar/ morrer de cantar! Esse é o legado de alguém que se dedica com orgulho e paixão à sua sina de artista, mesmo quando esta se apresenta com a aspereza de uma fruta agreste/ [como uma] palavra amarga, pois Consuelo não faz da arte mera profissão, ao contrário, a traz estampada no rosto, nas marcas do corpo, na excepcional consciência de si. E é como uma prisioneira da arte que ela traduz vivências, lembranças, acontecimentos, sensações, e transforma a banalidade da vida em extraordinária experiência: um barco eu fiz/ um barco em flor/ no meio da imensidão/ [...] há tanto mar desconhecido em meu coração/ essa canção é só pra gente sempre se encontrar. O Tempo E O Branco: um CD para se ouvir um milhão de vezes e ainda descobrir novos mistérios a cada audição. O Tempo E O Branco: o poema-canção como um antídoto num mundo que caminha entre desertos.

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